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Prédios de Toledo, Cascavel e Foz do Iguaçu recebem projeção de dança

Foto: Gus Benke/divulgação


Uma apresentação de dança exibida na fachada de grandes prédios: essa é a proposta do “F60.3”, projeto artístico de vídeo que une dança, audiovisual e artes visuais em diálogo sobre transtornos mentais. O projeto tem incentivo do Programa Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura (Profice).
 
A projeção será feita em três cidades da região Oeste: Cascavel, onde será exibida na fachada do Teatro Municipal Sefrin Filho, na Rua Rio de Janeiro, 905, terça (01) e quarta-feira (02); Toledo, onde a exibição acontece na fachada do Museu Willy Barth, quinta (03) e sexta-feira (04); e Foz do Iguaçu, segunda (07) e terça-feira (08), no Shopping JL Cataratas (Av. Paraná s/n). As sessões são sempre às 18h e às 19h.
 
O título da obra se refere ao código de Classificação Estatística Internacional de Doenças (CID) do transtorno de personalidade borderline (TPB). Trata-se de um transtorno de saúde mental que costuma causar um padrão de instabilidade comportamental nas relações interpessoais, na autoimagem e nos afetos. A pessoa com síndrome de borderline apresenta sintomas como impulsividade, visão distorcida de si e dos outros, medo de abandono ou de ficar sozinho e reações agressivas e intensas.
 
“O transtorno de personalidade borderline é um tema de saúde mental muito delicado, muito sensível. E nada mais sensível do que a dança para contar essa história”, diz a realizadora do projeto, Kathyn Carvalho. “Eu queria trazer algo poético, que mostrasse um pouco do que é ser borde. Essa forma de passar o assunto deixa o público mais interessado, chama a atenção e o olhar para esse tema. É sempre muito bom quando podemos juntar as manifestações artísticas com discussão de temas que são relevantes para a sociedade”.
O projeto surgiu com a bailarina Kathyn, que durante a pandemia foi acometida pelo transtorno, e desenvolveu a obra para transpor para o seu corpo sua história nesse longo tratamento. De acordo com a bailarina, o próprio transtorno e o tratamento influenciaram o seu dançar, potencializaram ou paralisaram o corpo em algum momento, com o surgimento de tremores e até a perda do equilíbrio.
 
“Logo no começo do meu tratamento, bem no meio da pandemia, quando eu estava passando por crises muito fortes e estava tentando me adaptar aos remédios, veio a ideia de registrar alguns momentos. Comecei então fazendo algumas anotações das minhas sensações, dos meus pensamentos, do meu dia a dia. Nesse momento o que me mantinha era a dança, e aí veio o start de juntar o que eu mais gosto de fazer com um tema pouco falado”, diz Kathyn.
 
A obra tem duração de 20 minutos e será exibida de uma forma inovadora, gratuita e democrática, através da Lumibike, uma bicicleta que projeta e funciona com energia solar. Durante o dia ela capta a luz solar e armazena energia em suas baterias e à noite “devolve” a luz, projetando as imagens através da técnica de projeção mapeada.
 
“Essas manifestações artísticas utilizando o espaço público da cidade unem o público com o tema”, diz a bailarina.
 
O projeto de “F60.3” conta com o apoio cultural do Campo das Artes, Back Bros, Ave Lola e Copel.
 
Serviço:
Cascavel
01 e 02 de agosto (terça e quarta-feira)
Horário: 18h e 19h
Local: Teatro Municipal Sefrin Filho
 
Toledo
03 e 04 de agosto (quinta e sexta-feira)
Horário: 18h e 19h
Local: Museu Willy Barth
 
Foz do Iguaçu
07 e 08 de agosto (terça e quarta-feira)
Horário: 18h e 19h
Local: Shopping JL Cataratas

Viver Toledo - Ano 14
Editoria: Wanderley Graeff, Karine Graeff e Juninho Graeff
 (45) 98801-8722
Rua Três de Outubro, 311 – S. 403- Vila Industrial
CEP 85.904-180 – Toledo-PR



Comentários

  1. Que atitude maravilhosa dessa guerreira.Isso é Brasil!!! Que Deus continue te inspirando!! Parabéns pela matéria, Viver Toledo.

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