Insulina inalável: mais praticidade e melhor absorção |
Por
Gilberto Costa - Agência Brasil - Brasília - A recente
liberação da insulina inalável marcou a passagem do Dia Nacional do Diabetes, na
quarta-feira (26). O medicamento, autorizado para venda e consumo pela Agência
Nacional de Vigilância Sanitária em oito formas de apresentação, ainda precisa
ser importado dos Estados Unidos.
Para o médico e pesquisador Freddy Goldberg
Eliaschewitz, a disponibilidade do medicamento pode ajudar no tratamento da
doença no Brasil, pois é mais confortável do que a aplicação da insulina por
injeção e o manejo é mais eficiente. A insulina inalável começa a funcionar em
10 minutos no organismo e o efeito dura até 90 minutos.
A insulina injetável pode demorar até 60 minutos
para começar a fazer efeito e permanece ativa por até cinco horas no organismo.
“Por um lado, se o paciente aplica a insulina
injetável antes do almoço e o medicamento demora a agir, o nível de açúcar sobe
muito no início da refeição. Muitas vezes, a comida foi ingerida, mas a
insulina nem começou a agir. Por outro lado, se o efeito da insulina demora a
passar, o paciente pode sofrer uma queda de açúcar mais adiante. A absorção dos
alimentos já terminou, mas a insulina continua agindo”, explica Eliaschewitz
que é médico Hospital Israelita Albert Einstein e diretor clínico do Centro de
Pesquisas Clínicas, que desde 2014 trabalhou nos testes para o desenvolvimento
da nova droga.
O diabetes é considerado uma doença crônica onde o
pâncreas não produz insulina suficiente ou quando o organismo do paciente não
consegue utilizá-la. A insulina é o hormônio que regula a glicose no sangue.
Fora
de controle
Eliaschewitz descreve que já há cerca de 15 milhões
de pessoas com diabetes no Brasil, mas 90% dos pacientes com o tipo 1 e 73% dos
que sofrem com o tipo 2 “não têm controle sobre a doença”. Ele contabiliza que
“metade dos pacientes não controla a doença por falta de conhecimento do
diagnóstico. Entre os que sabem do diabetes, metade não vai com regularidade ao
médico. E mesmo os que vão, mais da metade não toma os devidos cuidados”.
Segundo o Ministério da Saúde, o diabetes do tipo 1,
geralmente, surge na infância ou adolescência. “A causa desse tipo de diabetes
ainda é desconhecida. Sabe-se que, via de regra, é uma doença crônica não
transmissível genética, ou seja, é hereditária, que concentra entre 5% e 10% do
total de diabéticos no Brasil".
O diabetes do tipo 2 é mais frequente em adultos e
está diretamente relacionado ao sobrepeso, ao sedentarismo e à má alimentação.
“Ocorre quando o corpo não aproveita adequadamente a insulina produzida”, explica
o Ministério da Saúde.
Para Freddy Eliaschewitz, o Brasil vive uma
“pandemia de diabete do tipo 2 a reboque da pandemia de obesidade”. Segundo
ele, o país poderá viver no futuro uma pandemia das complicações causadas pela
doença, “que são penosas e custosas de tratar”, como o glaucoma, problema nos
rins e disfunção erétil.
De acordo com o Sistema de Informações sobre
Mortalidade (Ministério da Saúde), entre 2010 e 2016, mais de 406 mil pessoas
morreram por causa do diabetes. No período, o número de mortes cresceu 11,8%
por causa da doença, saindo de 54.877 mortes (2010) para 61.398 (2016).
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News – Karine Graeff c/ assessoria da Agência Brasil
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