Aproximadamente 70% dos atendimentos da área de
cirurgia de tórax e pneumologia do ambulatório do Hospital Universitário do
Oeste do Paraná (HUOP) tem relação direta ou indireta com o tabagismo. A
informação é de um dos médicos do ambulatório, pneumologista, cirurgião
torácico e professor do curso de Medicina, Daniel Pavan. Isto significa que de
cada 10 pacientes atendidos no ambulatório, sete tem alguma relação com o
cigarro.
O médico reafirma a necessidade de uma campanha
intermitente contra o tabagismo, problema de saúde pública. “O câncer que mais
mata pacientes do sexo masculino é o câncer de pulmão, seguido do câncer de mama.
Além disso, há os problemas cardiovasculares, que também tem relação com o
tabaco”.
Pavan observa que a maior parte dos atendimentos tem
relação com tabagismo ativo de longa data, ou seja, pacientes que já
enfrentavam outros problemas de saúde e procuram atendimento especializado
quando o pulmão é afetado. “O importante é a questão de conscientização,
campanha reforçado de maneira exaustiva, que atinjam medidas de controle do
fumo em ambientes sociais, reprimir, controlar e combater outras formas de
fácil acesso ao cigarro”.
O tabagismo é considerado pela Organização Mundial
da Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável em todo o mundo. A OMS
estima que um terço da população mundial adulta, isto é, 1 bilhão e 200 milhões
de pessoas (entre as quais 200 milhões de mulheres), sejam fumantes. Pesquisas
comprovam que aproximadamente 47% de toda a população masculina e 12% da
população feminina no mundo fumam.
As estatísticas revelam que os fumantes comparados
aos não fumantes apresentam um risco 10 vezes maior de adoecer de câncer de
pulmão; 5 vezes maior de sofrer infarto; 5 vezes maior de sofrer de bronquite crônica
e enfisema pulmonar e 2 vezes maior de sofrer derrame cerebral.
No Brasil, o câncer de pulmão é o tipo de tumor mais
letal e também uma das principais causas de morte no país. Ao final do século
XX, o câncer de pulmão se tornou uma das principais causas de morte evitável. O
consumo de tabaco é o mais importante fator de risco para o desenvolvimento de
câncer de pulmão. Comparados com os não fumantes, os tabagistas têm cerca de 20
a 30 vezes mais risco de desenvolver câncer de pulmão.
A OMS classificou o tabaco como um dos fatores que
mais contribuem para a epidemia de doenças não contagiosas como ataques
cardíacos, derrames, câncer e enfisema. O grupo é responsável por 63% de todas
as mortes no mundo.
Os especialistas também alertam sobre os perigos no
Narguile, tão prejudicial quanto o cigarro, pois mesmo parecendo inofensivo,
fumar narguilé equivale a fumar 100 cigarros. Atualmente o SUS oferece ampla
assistência a quem quer parar de fumar, desde o acompanhamento do paciente por
profissionais de saúde até a oferta de medicamentos, entre adesivos, pastilhas,
gomas de mascar e antidepressivo. Em abril deste ano através da Portaria nº
571, foram atualizadas as diretrizes de cuidado à pessoa tabagista no âmbito da
Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas do SUS. O objetivo é
ampliar o acesso ao tratamento da dependência à nicotina na rede pública.
No HUOP, há residência em cirurgia de
tórax/pneumologia. São três médicos da área, que fazem tutoria para residentes
na área e também acompanham internos do curso de Medicina do HUOP, Daniel
Pavan, Daniel Oliveira e José Dantas.
Viver News – Karine Graeff c/ assessoria
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