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As perdas da falta de investimentos em infraestrutura no Brasil


Dilceu Sperafico*
As potencialidades singulares do Brasil, como extensão territorial, fertilidade do solo, abundância de recursos hídricos, clima favorável, preservação da natureza, topografia favorável à agropecuária, domínio da moderna tecnologia e vocação e tradição de agricultores, são verdadeiros privilégios do País e população, mas também possuem exigências diferenciadas.
Entre elas se destacam as necessidades de investimentos em infraestrutura, visando a exploração racional e eficiente de seus recursos naturais, como a produção, escoamento, transformação, consumo e exportação de alimentos de qualidade, com a diversidade e volume necessários à redução da fome e desnutrição, no País e no mundo.   
Conforme especialistas, para preservar a estabilidade econômica e social e projetar a retomada do crescimento, de acordo com necessidades da população de baixa renda, o Brasil deveria mais do que dobrar os atuais investimentos em infraestrutura, estimados em 133 bilhões de reais anuais, elevando os recursos para 295 bilhões de reais por ano, visando a manutenção e modernização do setor, utilizando verbas públicas e da iniciativa privada.
Conforme especialistas, para manter, ampliar e modernizar portos, aeroportos e rodovias, o Brasil necessitaria investir 162 bilhões de reais por ano a mais do que investe atualmente, o que significaria mais que dobrar os atuais recursos.
Em 2019, segundo levantamentos oficiais, os investimentos públicos e privados em projetos de infraestrutura devem atingir 1,87% do Produto Interno Bruto (PIB), ou 133 bilhões de reais, quando o seria necessária a elevação desse percentual para 4,15% do PIB, ou 295 bilhões de reais, para atender as necessidades básicas dos segmentos produtivos e sociais do País.
Além disso, levantamentos ou cálculos de consultorias especializadas   estimam o PIB do País de 2019 em 7,12 trilhões de reais, enquanto em 2018 ficou em 6,8 trilhões de reais, em valores nominais. De acordo com o estudo, somente se os recursos destinados ao setor superarem o patamar de 4% do PIB durante os próximos 20 anos, o Brasil terá condições de garantir a manutenção e a ampliação da atual infraestrutura.
Se correto o cálculo, o déficit de recursos públicos para investimentos em infraestrutura já atinge 162 bilhões de reais por ano em valores nominais, sem correção pela inflação, o que indica a necessidade e urgência da mobilização do setor privado, pois a disponibilidade de verbas oficiais deverá ser muito limitada nos próximos anos.
Conforme especialistas, os investimentos em infraestrutura são fundamentais para a retomada do desenvolvimento econômico e social do País, pois somente contando com melhores rodovias e serviços em aeroportos e rede de saneamento mais eficiente, o Brasil poderia se tornar mais competitivo, acelerando o crescimento do PIB, pois as obras também ajudam a movimentar a economia, gerando empregos, renda, arrecadação e oportunidades de negócios .
Como depende de grandes e muitas obras, o setor de infraestrutura tem sido duramente afetado pela crise fiscal da União, Estados e municípios, pois sem recursos o poder público não consegue executar novos empreendimentos e nem concluir os que já estão em andamento. Se as 7,4 mil obras do governo federal paralisadas em 2018 fossem concluídas no prazo previsto, 115 bilhões de reais seriam acrescentados à economia do País.
*O autor é ex-deputado federal pelo Paraná e ex-chefe da Casa Civil do Governo do Estado
Viver News – Karine Graeff c/ assessoria

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