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Abuso sexual: diretores e coordenadores de escolas recebem orientações


A Secretaria de Educação, por meio de suas escolas e centros municipais de educação infantil (Cmeis), recebe com frequência relatos dos mais variados tipos de violência. Para auxiliar os profissionais a lidarem com essas situações e realizarem os encaminhamentos adequados, foram organizados alguns ciclos de capacitação.
Na quinta-feira (27) foi a vez dos diretores e coordenadores de escolas e Cmeis. Eles realizaram uma oficina com a Analista Judiciária da Área de Psicologia, que atua junto ao Núcleo de Apoio Especializado à Criança e ao Adolescente de Toledo e na Coordenação Técnica das capacitações de entrevistadores forenses do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, a Psicóloga Ângela Regina Urio Liston.
Ela abordou sobre a aplicabilidade da Lei 13.431/2017, que trata da revelação espontânea, escuta especializada e depoimento sem dano. Neste caso, na parte que trata sobre os casos de abuso sexual.
“O objetivo é que consigamos atender toda a nossa rede de profissionais para que estejam instrumentalizados quanto aos procedimentos naquilo que está relacionado a violência sexual. O que tratamos hoje é, de certa forma, chamado de revelação espontânea, pois a criança que foi agredida vai revelar isso espontaneamente para alguém que ela sente confiança, no espaço da escola”, explicou a Secretária de Educação, Edna Heloísa Scheffer do Amaral.
Enfrentamento
A Psicóloga do Tribunal de Justiça destacou a importância desse trabalho com os profissionais e a relevância do tema. “A violência contra crianças e adolescentes atinge altos índices, sendo que há uma crescente no registro de denúncias. É essencial buscar estratégias de enfrentamento a questão e meios de melhorar os serviços oferecidos, sempre observando a garantia de direitos. É essencial que os profissionais atuantes na Educação tenham acesso a informação que ofereça meios de um atendimento mais adequado e dos procedimentos que devem ser adotados visando à proteção de crianças e adolescentes. Tal iniciativa por parte da SMED demonstra o compromisso em efetivar medidas e metodologias para lidar com a situação. A qualificação dos profissionais é um passo importantíssimo”.
Papel da Justiça
A Analista Judiciária disse ainda que “o judiciário é parte integrante do Sistema de Garantia de Direitos, sendo que uma forma de contribuir é a partir da oferta de capacitações. Objetiva-se com isso unir forças para o fortalecimento de políticas públicas no enfrentamento à violência contra crianças e adolescentes”.
“A prevenção da violência e a proteção de crianças e adolescentes dependem da articulação intersetorial e de iniciativas que visem o aprimoramento dos serviços oferecidos. Os norteadores do trabalho devem ser a proteção integral, prioridade absoluta e a realização de intervenções adequadas, sendo que o modo da Justiça cooperar é levar informação aos profissionais que atuam como agentes de proteção”, frisou a Psicóloga Ângela.
Casos
A Secretaria de Educação registrou no ano passado 530 casos de infrequência escolar, que é a ausência da criança na escola sem uma justificativa formal. São vários os casos que podem motivar isso, por isso cada caso é tratado individualmente.
Existem vários serviços públicos, onde as pessoas podem buscar ajuda ou serem encaminhadas, vítimas de casos de violência. Somente pela Secretaria de Educação, em 2019 foram registrados 22 casos de Violência Física, 63 de Violência Psicológica e 24 de Violência Sexual.
Na prática
A Diretora da Escola Municipal São Francisco, Marta Langer, foi uma das participantes da formação. “Na nossa escola mensalmente percebemos a existência de casos com suspeita de violência. Já tivemos casos de crianças que estavam sendo agredidas fora da família e nós, como temos mais contato muitas vezes com as crianças, é que acabamos identificando”, relata.
Ela disse ainda que tudo que a criança traz para a escola interfere diretamente na vida escolar dela. “O comportamento muda e os professores percebem essa alteração na conduta do aluno”.
Sobre a capacitação, Marta elogiou e disse ser importante para os profissionais. “Saber como recepcionar a conduta da criança interfere diretamente. Ela tem que se sentir protegida e acolhida, senão não vai falar sobre o seu sofrimento”, acrescentou.
É importante saber que a violência e o abuso não acontecem somente com meninas, mas também com meninos. Mais de 600 profissionais do Município já passaram pela oficina e a intenção é ampliar até que todos tenham participado das formações.
Viver News – Karine Graeff c/ assessoria

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