Os presidentes do
Brasil e do Paraguai, Jair Bolsonaro e Mario Abdo Benítez, o Marito, se
encontrarão em Foz do Iguaçu, nesta terça-feira (1º), para visitar as obras da
Ponte da Integração Brasil – Paraguai, financiada pela margem brasileira da
usina de Itaipu, e participar de uma reunião de trabalho no Hotel Recanto
Cataratas. Ministros de Estado e o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho
Junior, também devem participar do encontro. A recepção será feita pelo
diretor-geral brasileiro de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna.
Esta será a quarta
visita do presidente Bolsonaro a Foz do Iguaçu e a sexta ao Paraná durante o
exercício do mandato.
A primeira viagem a Foz foi em fevereiro de 2019, para a posse do general Joaquim Silva e Luna como diretor-geral brasileiro da Itaipu; a segunda, em maio do mesmo ano, para o lançamento da pedra fundamental da Ponte da Integração Brasil-Paraguai; e em agosto de 2020, para o lançamento da pedra fundamental da duplicação de um trecho de 8,7 quilômetros da BR-469, a Rodovia das Cataratas – obra que também é financiada pela Itaipu.
No mês passado, o
presidente esteve em Renascença, no Paraná, para o lançamento da revitalização
de um trecho de quase 48 quilômetros da Estrada Boiadeira, que terá também
aporte de recursos da usina de Itaipu. A margem paraguaia da usina vai
financiar uma terceira ponte, que ligará Porto Murtinho (MS) e Carmelo Peralta,
no país vizinho, com acesso ao oceano Pacífico.
A ponte em Porto
Murtinho e a revitalização da Estrada Boiadeira - farão conexão com a tão
sonhada rota bioceânica, entre os oceanos Atlântico e Pacífico. O corredor
permitirá a ligação dos portos brasileiros de Santos (SP) e Paranaguá (PR) ao
Norte do Chile, reduzindo em até duas semanas o tempo de viagem das exportações
do Brasil até os países do Oriente, principalmente China, Japão e Coreia do Sul.
Em Foz do Iguaçu
será o terceiro encontro entre Bolsonaro e Marito – os outros dois foram na
posse do general na Itaipu e no lançamento da pedra fundamental da Ponte, em
2019.
A Ponte
A Ponte da
Integração Brasil - Paraguai, no Rio Paraná, é um sonho de mais de 30 anos da
população que vive na fronteira entre os dois países, que finalmente será
concretizado com o financiamento da obra pela margem brasileira da usina. Com
quase 45% por cento das obras concluídas, a nova conexão vai desafogar o trânsito
na Ponte da Amizade.
Do tipo estaiada,
a ponte terá 760 metros de comprimento, com vão-livre de 470 metros, e contará
com pista de 3,7 metros de largura em cada faixa, acostamento de 3 metros e
calçada de 1,70 metro.
A nova ponte entre
Brasil e Paraguai é uma obra do governo federal, com gestão do governo do
Paraná (por meio do Departamento de Estradas de Rodagem – DER) e recursos da
Itaipu Binacional. Estão sendo investidos na construção aproximadamente R$ 463
milhões, considerando a estrutura, as desapropriações e a criação da perimetral
no lado brasileiro, que ligará a ponte à BR-277.
A soma dos
investimentos da Itaipu em obras de infraestrutura é de aproximadamente R$ 1,4
bilhão. São obras que devem resolver diversos gargalos para o desenvolvimento regional.
Nessa lista também estão a duplicação da BR-469, a Rodovia das Cataratas, a
ampliação da pista de pouso e de decolagem do Aeroporto Internacional de Foz do
Iguaçu e a construção do Mercado Municipal, entre várias outras.
Desde o momento da
posse da atual gestão da Itaipu foi estabelecida uma nova relação da empresa
com a região Oeste do Paraná, sobretudo com Foz do Iguaçu, cidade-sede da
usina.
Por meio de uma
política de austeridade, fundamentada nos princípios da administração pública
contidos no artigo 37 da Constituição Federal (legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência), cada megawatt-hora gerado, cumprindo à
risca a atividade-fim da hidrelétrica, também passou a ser transformado em
desenvolvimento por meio de obras que deixarão um legado permanente para a
região.
Patrocínios e
convênios foram revistos e todas as atividades da margem brasileira foram
centralizadas em Foz do Iguaçu, onde está instalada a usina. Toda a diretoria
se estabeleceu na cidade, que também recebeu os empregados que estavam lotados
em Curitiba e Brasília. A redução de gastos proporcionada por essas e outras
ações permitiu direcionar recursos para as obras que vão transformar a região
num grande polo de desenvolvimento.
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