Dilceu Sperafico*
Apesar de adversidades, como
calamidade da seca, pandemia de Covid-19, inflação, valorização do dólar e
aumento de custos de insumos, energia, desemprego e preço final de alimentos,
com redução de vendas no mercado interno após perda de renda de consumidores, a
agropecuária do Oeste do Paraná ainda tem o que comemorar neste início de 2022,
tendo como motivações o trabalho e a produção.
Com a tradição do cardápio das
festas de final de ano, as vendas e consumo de carnes de frangos e suínos
atingiram bons volumes na região e Estado, beneficiando a população rural e
urbana de uma das principais regiões produtoras destas proteínas do País. Já no
mercado externo, conforme a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em
previsões de novembro último, as exportações de carne de frango e derivados
atingiriam 4,46 milhões de toneladas em 2021.
Outro fator positivo da
previsão foi que mesmo com embarques recordes, a disponibilidade interna da
proteína avícola também aumentou, passando de 10,6 milhões de toneladas para
10,9 milhões de toneladas, com crescimento de 3,0% no período. Somente de
janeiro a outubro de 2021, o Brasil exportou cerca de 3,75 milhões de toneladas
de carnes de aves.
A maior oferta no mercado
internacional foi mais um resultado positivo da elevação na produção em 4,5%,
estimada em 15,3 milhões de toneladas no período, quando comparada com 2020.
Com isso, o volume de carne de frango e derivados disponíveis aos brasileiros
ao longo do ano passou de 50 quilos por habitante.
Segundo a Conab, o cenário da
carne suína nos mercados nacional e internacional foi semelhante ao da carne de
frango. No País, com rebanho estimado em cerca de 42 milhões de cabeças, tanto
a produção quanto as exportações de carne atingiram, segundo os especialistas,
os maiores volumes já registrados.
A produção de carne suína e derivados ficou em torno de 4,45 milhões de toneladas e as exportações atingiram 1,24 milhão de toneladas. O maior volume de carne suína produzida se refletiu na elevação da disponibilidade da proteína nos mercados interno e externo, garantindo a oferta e mantendo quantidade de produto por habitante estável, próxima de 15 quilos por pessoa ao longo do ano.
Mesmo sem concorrer com os
valores elevados da carne bovina, os preços recebidos pelos produtores de carne
de frango apresentaram tendência de alta durante o ano, mas sem cobrir seus
custos. Entre os principais fatores responsáveis pelo movimento altista
estiveram a elevação dos custos de insumos da ração de aves, como milho e
farelo de soja.
Dados da Embrapa mostram que a
despesa com alimentação de aves praticamente dobrou entre julho de 2018 e julho
de 2021.Com isso, no período, a participação da alimentação nos custos para o
produtor de frangos passou de 68% para 76%.
Menos mal para consumidores da
região, do Paraná e do País, foi que no mercado interno houve pressão baixista
nos preços da carne suína, em determinados períodos do ano, assegurando
relativa estabilidade dos valores, apesar da valorização do dólar, e
estimulando o maior consumo nos festejos de final do ano.
Na criação de bovinos, a produção e exportações caíram em 2021, ficando em 8,1 milhões de toneladas e em 2,65 milhões de toneladas, respectivamente. No mercado interno, a oferta foi de 5,5 milhões de toneladas, com 25,8 quilos por habitante ao longo do ano de 2021.
*O autor é ex-deputado federal
pelo Paraná e ex-chefe da Casa Civil do Governo do Estado
E-mail: dilceu.joao@uol.com.br
Editores:
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