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Capital do Agro: Toledo produz 2,42% de toda a produção agropecuária do Paraná

Valor Bruto da Produção Agropecuária é de R$ 4,71 bilhões; R$ 906 milhões a mais que segundo colocado

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Wanderley Graeff - do Viver Toledo, com AEN
29/06/2022 - 16h41 - Atualizado em 30/06/2022 - 09h19
A condição de Toledo como maior produtor de alimentos do Paraná se consolida a cada ano. Mais uma vez apresentando crescimento significativo, o município lidera o ranking do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) referente à safra 2020/2021, divulgado quarta-feira (29), pela Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento. O total do VBP do Paraná é de R$ 180,4 bilhões, maior valor da série histórica, com crescimento de 41%.
A arrecadação da Capital do Agronegócio do Paraná foi de R$ 4.371.243.691,89, um crescimento absoluto de R$ 873.360.299,53,  24,97% a mais que no período 2019-2020, correspondendo ao faturamento total das propriedades rurais do município. A produção de Toledo representa 2,42% de tudo o que o Paraná produz.
O município de Castro passou Cascavel, obtendo o segundo maior VBP, com arrecadação de R$ 3.465.606.248,68. Cascavel somou R$ 3.207.411.717,00. 
Os números de Toledo impressionam na comparação com o segundo e o terceiro colocados. A diferença é de R$ 1.164 bilhão, o que equivale a 26% a mais que Castro; e R$ 906 milhões, com percentual 36% superior a Cascavel, produzindo mais com área territorial expressivamente menor - Castro (2.532 km²); Cascavel (2.100 km²); Toledo (1.198 km²).
Para o economista João Luiz Nogueira, diretor de Agronegócio da Prefeitura de Toledo, embora os dados sejam preliminares ainda, os números indicam o desempenho dos municípios. Segundo ele, “o fator que pesou muito foi a valorização sem precedentes nos preços dos alimentos, com destaque para os grãos à partir de 2020”.
Paraná
O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) do Paraná somou R$ 180,4 bilhões em 2021, de acordo com relatório preliminar publicado nesta semana no Diário Oficial do Estado e no site da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab). É o maior valor já registrado na série histórica, iniciada há 25 anos, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), responsável pelo levantamento. Os números representam um crescimento nominal de 41% em relação ao VBP de 2020 (R$ 128,3 bilhões). Em termos reais, o acréscimo é de 5%.
Na área do Núcleo Regional de Toledo da Seab, Santa Helena é o segundo maior VBP com R$ 2,056 bilhões, valores equivalentes a 47,04% do total do município líder. 
Marechal Cândido Rondon (1,982 bilhão), Assis Chateaubriand (R$ 1,950 bilhão) e Palotina (R$ 1.812 bilhão) fecham com Toledo os cinco primeiros no ranking regional. 
O que é o VBP
O VBP contempla aproximadamente 350 itens diversificados, incluindo grãos, proteínas animais, fruticultura, floricultura, silvicultura e uma ampla gama de produtos da agropecuária paranaense. Os dados são levantados pelos técnicos do Deral ao longo do ano com pesquisas semanais de preços e das condições das lavouras nos municípios. Além do crescimento expressivo do rendimento dos grãos (49%) e da pecuária (36%) comparativamente a 2020, o setor florestal também mostrou avanço significativo (41%).
Para o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, os números sinalizam que o campo mostrou sua força, mesmo com desafios como as restrições da pandemia, o aumento de custos de produção e as dificuldades de abastecimento interno. “Apesar de grandes perdas por causa da estiagem e das geadas que tivemos em algumas culturas, é um crescimento muito representativo. E nossa pecuária continua despontando. Significa que estamos cada vez mais agregando valor aos nossos produtos”, afirma.
Ortigara explica que, além de mostrar um panorama da agropecuária paranaense, o VBP tem peso de 8% na distribuição do ICMS no Paraná. “É um grande avanço e contribui para que os municípios possam, com mais recursos, prestar melhores serviços à população”, diz. De acordo com ele, estuda-se aumentar para 10% a participação do VBP na distribuição do ICMS no Paraná. “Seria uma forma de contribuir para que municípios bastante agrícolas tenham ainda mais arrecadação”.
A partir da publicação das informações preliminares no Diário Oficial, os técnicos e gestores municipais analisam os números e, caso desejem, podem entrar com recurso fundamentado para questionar dados do desempenho agropecuário. “O prazo é de 30 dias a contar da publicidade oficial. Depois desse período, o Deral divulga o resultado final do VBP de 2021”, explica o chefe do Deral, Marcelo Garrido.
Valorização
Segundo a economista do Deral Larissa Nahirny, responsável pelo relatório do VBP, a valorização dos preços fez a diferença nos resultados, já que o Paraná teve perdas significativas na safra de grãos 2020/2021, a exemplo das segundas safras de milho e feijão. A alta nos preços recebidos pelos produtores, tanto no mercado interno quanto no mercado externo, ajudou a garantir o rendimento, especialmente das commodities e das carnes. “Por outro lado, ao analisar o crescimento real, vemos como a inflação do período refletiu no VBP como um todo”, completa.
Grãos
O grupo dos grãos representa 45% do valor total do VBP paranaense, somando R$ 80,7 bilhões. A soja, que rendeu R$ 51 bilhões em 2021 – 75% a mais do que em 2020 –, é o produto com maior representatividade. “Essa cultura escapou de quebras na safra passada porque a colheita aconteceu antes do período de déficit hídrico e gerou 19,8 milhões de toneladas”, explica a economista do Deral.
A valorização dos preços contribuiu para equalizar as perdas decorrentes da quebra da segunda safra de milho. Mesmo com uma produção 41% menor (9,3 milhões de toneladas, somadas as duas safras), o VBP atingiu R$ 13 bilhões, crescimento de 9% em termos nominais.
O impacto dos preços fica mais evidente nos índices do café no ciclo 20/21. Enquanto os produtores receberam, em média, R$ 496,80 pela saca de 60 kg em 2020, em 2021 o preço passou para R$ 1.082,40, um aumento de aproximadamente 118%. Embora a produção tenha recuado 13% (50,5 mil toneladas), o VBP do café aumentou 89%, somando R$ 911,2 milhões.
Pecuária
Na avaliação do Deral, os números da pecuária refletem a expansão do abate em 2021, aliada à valorização de preços e ao contexto do reconhecimento internacional do Paraná como área livre de febre aftosa sem vacinação, que abriu mercados às proteínas animais. Esse setor rendeu R$ 86,7 bilhões ao Estado, valor 36% superior ao de 2020. O VBP do frango de corte, principal destaque entre os itens do grupo, ultrapassou os R$ 33 bilhões (+52%), com crescimento de 4% na produção.
fruticultura do Litoral
Produtos florestais
O relatório indica recuperação e avanço do setor florestal, que equivale a 3% do VBP paranaense. Em 2020, o grupo havia perdido 2% de rendimento em relação a 2019. No ano passado, conseguiu uma valorização de 41% e chegou a R$ 6 bilhões. “Os preços favoráveis foram um estímulo para a indústria”, explica a economista do Deral.
Um dos destaques é a erva-mate, que ultrapassou, pela primeira vez, R$ 1 bilhão em rendimentos, aumento de 45% em relação a 2020. Já a produção cresceu 12% e somou 714 mil toneladas.
Hostaliças e fruticultura
O grupo das hortaliças, com participação de 3% no VBP do Paraná, recuperou-se após a desvalorização registrada em 2020, mesmo sem grande expansão da produção. O crescimento de 19%, totalizando R$ 4,6 bilhões, pode ser explicado pela alta dos preços no mercado interno. Já a fruticultura cresceu 9% em termos de rendimento, atingindo R$ 2,1 bilhões.
Confira a versão preliminar do VBP por município.
Viver Toledo - Ano 14
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