No encontro, foram identificadas as demandas das cooperativas e dos frigoríficos da Região Oeste
Um evento realizado
ontem (30) no Biopark, reuniu representantes de cooperativas, frigoríficos e
pesquisadores da Embrapa Pesca e Aquicultura para uma reunião sobre os desafios
e as oportunidades do setor. A programação faz parte das tratativas para a
instalação de uma Unidade Mista de Pesquisa e Inovação da Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária – Embrapa no Biopark, anunciada em julho deste ano, em
Brasília. O primeiro encontro abordou a temática da Aquicultura, mas a unidade
terá foco ainda na produção de proteína animal de aves e suínos. “Nessa
primeira rodada, estamos com a Embrapa entendendo as demandas, para que o
próximo passo seja um plano de ação e, em consequência disso, possamos aumentar
o valor agregado, a segurança alimentar por meio do fortalecimento das ações da
Embrapa no Oeste”, ressalta o vice-presidente do Biopark, Paulo Almeida.
Para a chefe-geral
da Embrapa Pesca e Aquicultura, Danielle de Bem Luiz, que veio de Palmas (TO),
há sinergia entre as duas instituições para a busca por melhores resultados. “O
empreendimento do Biopark está bem alinhado com as estratégias da Embrapa para
promover a inovação, ou seja, encurtar o tempo do desenvolvimento da pesquisa e
adoção pelo mercado de uma nova solução tecnológica”, enfatiza. Entre as
demandas da Região que foram apresentadas por representantes do setor da
aquicultura, estão o pedido para que a Embrapa desenvolva protocolos para a
redução do PH da água; gerenciamento de recursos hídricos; desenvolvimento de produtos
e subprodutos para aproveitamento da matéria-prima; melhoramento genético da
tilápia e do camarão de água doce; ordenamento territorial da aquicultura e
protocolos voltados para o desenvolvimento de procedimentos que viabilizem o
controle sanitário de doenças e viroses.
De acordo com a
Embrapa, essas solicitações serão avaliadas para a realização de um
planejamento estratégico de execução voltado para a Região. “Contamos com uma
equipe multidisciplinar, com uma infraestrutura para experimentos indoor e em
campo, que depois serão validados para as condições do Paraná”, explica
Danielle. “Nós estamos aqui promovendo soluções que podem encurtar os sistemas
produtivos de tilápia e soluções para fomentar as políticas públicas e diminuir
os riscos climáticos da produção de peixes na Região”, complementa.
Os representantes de empresas que atuam no setor, avaliaram positivamente a iniciativa. “A parceria entre Embrapa e Biopark facilitará o desenvolvimento da cadeia, unirá as demandas dos setores com as já existentes em cada indústria, empresa ou cooperativa e fortalecerá o desenvolvimento da psicultura na Região”, ressalta o gerente de departamento de peixes da C-Vale, Paulo Poggere. O empresário e produtor José Backes, da Pescados Sereia, enfatiza as melhorias que podem ser desenvolvidas com foco nas questões climáticas. “A aquicultura da nossa Região ganhará muito com a Embrapa vindo para cá porque nós enfrentamos hoje muitos problemas no segmento, principalmente em relação ao clima. Precisamos de uma genética que seja resistente para as baixas temperaturas. Nossos produtores estão tendo grandes perdas de junho até setembro. Para a Região, seria importante um desenvolvimento de uma genética para uma tilápia mais resistente ao frio”.
Segundo o
engenheiro de pesca Jean Shuler, da Paturi Psicultura Agroindustrial, empresa
localizada em Toledo que produziu 11,8 mil toneladas de tilápias em 2021, 8% da
produção do Paraná e 3% da produção nacional, a vinda da unidade da Embrapa
para o Biopark contribuirá para aumentar a produtividade e competitividade no
mercado. “A partir do momento que aumentam as pesquisas, melhora a
produtividade e consequentemente diminuímos custos. A tendência é que o consumo
seja maior porque deve melhorar a competitividade com outras proteínas como
frango e suíno, por exemplo; que são teoricamente mais baratas que o peixe”,
comenta.
A pesquisadora da
Embrapa Ocidental, Fernanda Osullivan, que é especialista internacional em
genética de peixes, explica os possíveis impactos da implantação da unidade no
Oeste. “A ideia é iniciarmos os trabalhos de edição genômica em tilápia, essa é
inicialmente uma proposta de linha de pesquisa que não existe no Brasil, ao
começar esse trabalho gerando linhagem de superioridade zootécnica, podemos ter
um impacto imediato na cadeia da tilapicultura”.
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Toledo - Ano 14
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