Uso de medicamentos sem prescrição pode prolongar recuperação e até mascarar diagnósticos mais graves de outras doenças
Ao
se deparar com os sintomas das chamadas “doenças de inverno”, como gripes,
resfriados, alergias e inflamações das vias respiratórias, que afetam grande
parte da população durante os meses mais frios do ano, muitas pessoas recorrem
à automedicação em busca de alívio rápido. Uma pesquisa do Instituto de
Ciência, Tecnologia e Qualidade, em parceria com o Datafolha, mostrou que 89%
das pessoas tomaram remédios por conta própria em 2022.
Riscos da automedicação
Apesar
de parecer uma solução simples e eficaz, a automedicação tende a ser perigosa,
pois pode prolongar a recuperação de casos de fácil tratamento e mascarar
doenças mais graves que exigem diagnóstico médico. O uso de medicamentos
inadequados ou em doses incorretas pode não apenas falhar em aliviar os
sintomas, como também atrasar o diagnóstico e o tratamento adequados, permitindo
que a doença progrida e cause complicações.
Além
disso, há também o risco de interação medicamentosa, que pode potencializar ou
inibir os efeitos dos medicamentos. “Normalmente, a indicação para tratamento
de resfriados e doenças respiratórias envolve analgésicos simples e soro
fisiológico nasal, medicações que dificilmente vão trazer danos a curto prazo.
Entretanto, ao utilizarmos combinações com antihistamínicos, antialérgicos e
vasoconstritores, existem riscos de efeitos colaterais, intoxicação por
posologia inadequada e o surgimento de alergias”, explica a clínica médica do
Hospital São Marcelino Champagnat, Maria Fernanda Uady Carvalho.
O
consumo de medicamentos sem prescrição médica pode ser especialmente
prejudicial especialmente para idosos. Esse grupo tem maior probabilidade de
apresentar reações adversas aos remédios devido a mudanças fisiológicas
relacionadas à idade, como diminuição da função renal e hepática, e alterações
na absorção dos medicamentos. “A automedicação também é perigosa porque aumenta
o risco de efeitos colaterais indesejados no tratamento dessas condições e
doenças crônicas comuns em idosos, resultando em complicações graves ou piora
dos sintomas”, complementa a médica.
Orientação profissional
Além
da importância do diagnóstico médico, os farmacêuticos desempenham um papel
importante na orientação sobre o uso correto dos medicamentos. Eles podem
fornecer informações sobre posologia adequada, efeitos colaterais,
contraindicações e também esclarecer dúvidas sobre medicamentos de venda livre,
para otimizar o consumo dos fármacos. “Nós farmacêuticos exercemos a função de
orientar com o intuito de combater a automedicação, utilizamos a assistência farmacêutica
como estratégia para diminuir o uso desnecessário de medicamentos. Devemos
estar sempre preparados para conscientizar os pacientes quanto a importância
dos medicamentos, garantindo a segurança e eficácia dos mesmos”, explica a
farmacêutica da Prati-Donaduzzi, Alyne Blasio de Carvalho.
A
farmacêutica também comenta que a orientação é a estratégia que os
profissionais devem adotar para conscientizar os pacientes sobre os perigos da
automedicação e promover o uso seguro de medicamentos. “A orientação humanizada
e consciente do paciente e acompanhantes no sentido de evitar abusos é o melhor
caminho. Além de não fomentar qualquer tipo de propaganda de medicamentos entre
eles, mesmo as vitaminas e remédios comercializados sem prescrição médica”,
finaliza Alyne.
A
Prati-Donaduzzi, indústria farmacêutica 100% nacional, é especializada no
desenvolvimento e produção de medicamentos. Com sede em Toledo, Oeste do
Paraná, produz aproximadamente 13 bilhões de doses terapêuticas por ano e gera
mais de 5 mil empregos. A indústria possui um dos maiores portfólios de
medicamentos genéricos do Brasil e desde 2019 vem atuando na área de Prescrição
Médica, sendo a primeira farmacêutica a produzir e comercializar o Canabidiol
no Brasil.
Viver Toledo - Ano 14
Editoria: Wanderley Graeff, Karine Graeff e Juninho Graeff
(45) 98801-8722
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CEP 85.904-180 – Toledo-PR
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