Depois de três anos de desenvolvimento e mais de 100 testes, farmacêutica é premiada em pesquisa para produção de IFA
Baixa oferta e alto valor
agregado do insumo farmacêutico ativo Cabergolina aumentam risco de
desabastecimento para fabricação de medicamento
Na pandemia da covid-19 ficou clara a dependência que o Brasil possui de outros países no fornecimento dos IFAs (insumos farmacêuticos ativos), que é o princípio ativo utilizado na produção de medicamentos. Atualmente, mais de 90% dos IFAs utilizados pelas indústrias farmacêuticas são importados. Apenas dez fabricantes de IFAs no país têm o certificado de Boas Práticas de Fabricação emitido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Há cinco anos, a paranaense Prati-Donaduzzi faz parte do ainda mais seleto time das cinco indústrias que fabricam os IFAs e também medicamentos no país.
“Nós somos líderes de mercado do medicamento Cabergolina no país e detectamos o risco do fornecimento global desse IFA. Ferramentas como Cortellis mostram que hoje existem apenas sete fabricantes desse IFA no mundo e a plataforma PharmaCompass aponta para o alto valor que ele é comercializado, passando de USD 286 mil/kg. A baixa disponibilidade no mercado internacional e o alto valor agregado elevam o risco de desabastecimento”, explica Nelson Ferreira Claro Junior, diretor de farmoquímicos da Specialità Fine Chemicals, laboratório da Prati-Donaduzzi responsável pelo desenvolvimento de processos de produção dos IFAs. “Foram três anos desenvolvendo esse insumo de forma sintética, mais de 100 testes de fórmulas realizadas e um dossiê de insumo farmacêutico ativo que tem mais de mil páginas. Tudo isso para garantir que todos os ritos regulatórios da Anvisa fossem cumpridos. A expectativa é que a autorização para fabricação do medicamento em escala industrial com o IFA produzido pela Prati-Donaduzzi saia ainda esse ano”, complementa.
A Prati-Donaduzzi, indústria farmacêutica 100% nacional, é especializada no desenvolvimento e produção de medicamentos. Com sede em Toledo, Oeste do Paraná, produz aproximadamente 13 bilhões de doses terapêuticas por ano e gera mais de 5 mil empregos. A indústria possui um dos maiores portfólios de medicamentos genéricos do Brasil e desde 2019 vem atuando na área de Prescrição Médica, sendo a primeira farmacêutica a produzir e comercializar o Canabidiol no Brasil.
Editoria: Wanderley Graeff, Karine Graeff e Juninho Graeff
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