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Toledo busca parceiros na sociedade civil para reforçar combate à dengue

 

Integrantes dos clubes de serviços como Lions e Rotary, do Clube de Escoteiros Vicentino Incomar e de instituições de ensino participaram, na manhã de ontem (30), de um encontro no Paço Municipal Alcides Donin para tratar sobre o aumento dos casos de dengue no município. A reunião foi proposta pela administração municipal, por conta da necessidade de conscientização da sociedade em relação aos cuidados para evitar a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença. 

O prefeito Beto Lunitti apresentou um panorama da situação atual em relação ao problema, bem como uma série de ações que já foram realizadas pelo poder público municipal. Conforme o gestor toledano, no ano passado foram contratados mais de 50 agentes de combate às endemias (ACEs), atingindo o número preconizado pelo Ministério da Saúde. Além disso, foram realizados oito ecopontos itinerantes na sede e interior, os quais recolheram aproximadamente centenas de toneladas de resíduos. 

Após a fala do prefeito, a coordenadora do Setor de Controle e Combate às Endemias, Lilian König, detalhou aos presentes um relatório com diversos dados, como o número de visitas em imóveis (169.796), de vistorias em pontos estratégicos (3.176), de notificações (2.441) e de multas (426) executadas pelos ACEs em 2023. Além disso, aconteceram diversas campanhas nos veículos de imprensa, bem como a presença de integrantes do governo municipal alertando sobre o perigo da doença em programas e reportagens. 

Outro destaque dado por Lilian foi para o Agente Mirim, programa implantado nas escolas municipais e que tem auxiliado, de forma educativa, nas vistorias em unidades educacionais e nos seus arredores. “Apesar de todo esse esforço do poder público, é preciso que a comunidade entenda que a dengue somente será resolvida eliminando criadouros, formados em qualquer lugar que possa acumular água. Hoje se encontram focos em calhas, ralos, grades, bebedouros de animais, plantas, cisternas, piscinas. São diversos pontos e, por isso, a presença do agente nas residências, nos comércios e nas empresas é tão importante. Eles são treinados para identificar esses locais”, destaca a coordenadora.

Aumento de casos assusta

A secretária de Saúde, Gabriela Kucharski, alertou para o aumento de casos. Segundo ela, neste mesmo período em 2023, Toledo tinha 300 casos notificados aproximadamente, hoje já possui cerca de 1.100. “Isso preocupa porque a capacidade de atendimento em nossa rede é limitada. As nossas unidades de emergência [Pronto Atendimento Doutor Jorge Nunes (PAM/Mini Hospital) e a Unidade de Pronto Atendimento José Ivo Alves da Rocha (UPA/Vila Becker)] saltaram de cerca 350 consultas/dia para quase 580 atendimentos”, alerta.

Gabriela ainda disse que já tem unidade básica de saúde recebendo reforço de profissionais para atender a demanda de pacientes com sintoma de dengue. “Esse fluxo preocupa, pois ainda não atingimos os meses onde ocorre o ápice de casos, que é março e abril. Se a população não se unir para combater o mosquito transmissor, a situação tende a ficar muito pior. Ainda temos o problema do calor e chuvas, o que contribui muito para o aumento dos focos”, alerta.

Além disso, a secretária de Saúde informou que Toledo está dentro dos padrões de aumento de casos observados tanto em nível estadual quanto nacional. 

Ecopontos semanais

O prefeito Beto Lunitti também comentou sobre a realização de edições semanais do Ecoponto Itinerante no próximo mês. “Realizamos semana passada [quinta (25) a sábado (27)] uma mobilização na região dos Jardins Europa e América, que se estendeu para o Jardim Santa Clara IV. Nesta semana, a partir da quinta-feira (01/02) o trabalho dos ACEs se concentra no Fachini, com apoio das Secretarias de Meio Ambiente e de Infraestrutura Urbana e Rural e de Serviços Públicos. No sábado (03), toda a equipe de governo, juntamente com a sociedade organizada, se une para um grande mutirão”, explica.
Vale lembrar que, no ano passado, ação semelhante no Fachini recolheu mais de 40 toneladas de resíduos

Fumacê

A coordenadora do Setor de Controle e Combate às Endemias deu esclarecimentos sobre dúvidas apresentadas pelos presentes sobre possíveis ações que poderiam ser realizadas. Dentre elas, a do fumacê. “As pessoas acreditam que esse método é eficaz, porém ele traz sérios problemas. Primeiro, ele consiste na aplicação de um inseticida que só mata cerca de 40% dos mosquitos adultos, após já ter botado os ovos, que geram as larvas e novos insetos. Além disso, ele extermina também outros insetos, principalmente as abelhas sem ferrão que muitos moradores possuem. Hoje, a eliminação de possíveis criadouros é a forma mais eficiente de combate”, destaca. Lilian, que ainda esclareceu que o fumacê só acontece com determinação da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa).

Viver Toledo - Ano 14
Editoria: Wanderley Graeff, Karine Graeff e Juninho Graeff
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