Novo fundo oferecerá crédito diferenciado para cooperados do agro na B3

Ato marcou lançamento do fundo na B3 - Jonathan Campos/AEN

O presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, esteve, na última quinta-feira (03/04), na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), junto à comitiva do governo do Paraná, para o lançamento do Fundo de Investimento em Direitos Creditórios nas Cadeias Produtivas do Agro – FDIC Agro Paraná. O fundo oferecerá crédito diferenciado para que produtores rurais vinculados às cooperativas paranaenses e empresas integradoras possam ampliar suas atividades no Estado.
 
Previsto em lei federal, o FDIC é uma alternativa de financiamento ao Plano Safra e a outros recursos destinados ao crédito rural, e, no Paraná, deverá alavancar aproximadamente R$ 2 bilhões para financiar a expansão das atividades de produtores agrícolas vinculados a cooperativas e empresas integradoras em todo o estado.
 
Diferentemente do programa federal, que tem a maior parte dos recursos usada para custeio e comercialização da produção, o FIDC Agro Paraná será focado na oferta de crédito para melhorias e ampliação das atividades agrícolas, como compra de máquinas, equipamentos, sistemas de irrigação e logística.
 
Ricken explica que, com a iniciativa, o Paraná estruturou um mecanismo que cria um lastro para esse fundo. A instituição financeira responsável pelo FDIC Agro Paraná é a Fomento Paraná, que entrou inicialmente com um aporte de R$ 150 milhões e já dispõe de outros R$ 200 milhões para alavancar fundos da mesma natureza. "Nós estamos crescendo, estamos ampliando os nossos negócios no mundo todo e precisamos de recursos compatíveis”, disse Ricken, que na sexta-feira (04), teve agenda com os técnicos do governo estadual para aprofundar as discussões sobre esse novo recurso, que representa uma nova opção para os produtores rurais ligados às cooperativas.
 
Impulso
Segundo o governador Carlos Massa Ratinho Junior, a iniciativa foi pensada para impulsionar dois dos principais potenciais econômicos do Paraná, que são a força da agroindústria e o modelo produtivo cooperativista. “Com a ampliação da oferta de crédito, queremos estimular os investimentos em áreas que são a vocação do Paraná. Já temos quatro cooperativas que estão preparando os seus fundos, além da sinalização de outros segmentos do setor que já demonstraram interesse em aderir”, contou o governador.

Gestão
A gestão do FIDC Agro Paraná será feita pela Suno Asset, do Grupo Suno, escolhida por meio de chamada pública da Fomento Paraná. A gestora – que possui mais de R$ 1,5 bilhão sob sua gestão, com mais de R$ 500 milhões investidos no agronegócio – irá trabalhar para atrair mais investidores privados ao novo fundo.
 
Em 2024, as cooperativas paranaenses tiveram um faturamento de R$ 205,7 bilhões. Com metas estabelecidas pelo Sistema Ocepar por meio de seu planejamento estratégico, o Plano Paraná Cooperativo, PRC 300/500, considerando o aumento da produção e o retorno dos investimentos agroindustriais feitos nos últimos anos, a expectativa é de que esta movimentação chegue a R$ 300 bilhões até 2026 e a R$ 500 bilhões em 2030.
(Com informações do Sistema Ocepar e da Agência Estadual de Notícias)
 
Viver Toledo - Ano 16
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