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Colégio Donaduzzi reúne o melhor do ensino da Finlândia, EUA e Portugal em Toledo

 

O que aconteceria se fosse possível reunir em uma única escola os professores da Finlândia, a inovação dos Estados Unidos, o humanismo de Portugal e a diversidade do Brasil? O Colégio Donaduzzi, em Toledo, decidiu fazer esse experimento real: montou uma escola a partir de evidências globais, estruturou um sistema pedagógico robusto e criou um projeto que pode redesenhar os rumos da educação no país.

Inspirado em práticas comprovadas nos Estados Unidos, Portugal e Finlândia, o projeto construiu um ambiente escolar que desafia paradigmas, transforma o papel do aluno e reposiciona o professor como mentor e guia.

Estados Unidos: prática e teoria conectadas, protagonismo estudantil

Nos EUA, a educação inovadora tem se apoiado em espaços maker, metodologias ativas e protagonismo discente. Um levantamento da National Science Foundation (2020) mostra que escolas que integram laboratórios interativos e projetos práticos aumentam em até 32% a retenção de conteúdos de ciências.

No Colégio Donaduzzi, essa inspiração ganhou vida com salas temáticas, laboratórios interativos e projetos em grupo. Os alunos assumem papéis ativos, desenvolvendo pesquisas, apresentando resultados em bancas e explorando suas vocações.

“Mais do que preparar para provas, buscamos desenvolver o pensamento crítico”, explica o vice-presidente do Biopark, Paulo Rocha, responsável pelo estudo e adaptação do que existe de melhor no mundo à realidade regional. “Os alunos participam de feiras acadêmicas, conduzem pesquisas próprias e compreendem que aprender é criar, não repetir.”

O ambiente que acolhe a escola é propício para isso: o Biopark é um hub de inovação, pesquisa e empreendedorismo que já une mais de 130 empresas e startups que servem de inspiração e aprendizado real para os alunos.

A aluna Ana Clara Santin, 17 anos, confirma a diferença: “Cheguei sem saber qual carreira seguir. Hoje quero pesquisar Ciências da Natureza. Aqui descobri minha vocação, com professores acessíveis e uma comunidade que me acolheu.”

Portugal: vínculo, comunidade e mentorias individuais

A Escola da Ponte, em Portugal, é referência mundial pela forma como reorganizou o espaço e a gestão escolar, valorizando o protagonismo estudantil e a participação da família. Pesquisas da Universidade do Porto (2019) mostram que comunidades escolares abertas e democráticas reduzem em até 40% a evasão escolar e aumentam os índices de engajamento.

O Colégio Donaduzzi adaptou esses princípios ao organizar as salas em ilhas de seis alunos, favorecendo a cooperação e a personalização do aprendizado. Cada turma tem, no máximo, 24 estudantes, permitindo que o professor acompanhe de perto o progresso individual. Além disso, cada aluno conta com a mentoria de um professor-mentor, responsável por orientá-lo em seus projetos de vida, na definição de vocações e no cuidado com o bem-estar emocional. A escola também envolve ativamente as famílias em conselhos e projetos comunitários, fortalecendo a ideia de uma comunidade de aprendizagem.

A estudante Melissa Formulo Ibrahim, de 14 anos, destaca o impacto: “Aqui, eu não estudo sozinha. Trabalhamos em grupo e aprendemos uns com os outros. A mentoria me ajudou a ter clareza: quero cursar Medicina e seguir explorando novas áreas.”

Finlândia: bem-estar, professores qualificados e formação integral

Por mais de uma década, a Finlândia liderou o PISA. Depois, decidiu abrir mão de metas exclusivamente conteudistas para priorizar o bem-estar e a formação integral. Hoje, mesmo com queda relativa nos rankings, continua referência em qualidade e equidade. Segundo o relatório Education at a Glance 2023 (OCDE), 97% dos professores finlandeses possuem mestrado e recebem salários competitivos, o que atrai os melhores profissionais para a carreira.

Inspirado nesse modelo, o Colégio Donaduzzi criou uma política ousada que começa pela seleção de professores realizada por uma banca multidisciplinar, assegurando tanto a excelência técnica quanto a qualidade humana dos profissionais. O corpo docente é formado por mestres, doutores e até pós-doutores, que contam ainda com um programa contínuo de formação internacional em parceria com a Universidade de Helsinque, na Finlândia, responsável por cursos de atualização e pós-graduação.

No currículo, a escola equilibra conteúdos tradicionais com artes, esportes e mais de 50 opções de atividades no contraturno — que vão da gastronomia à robótica, oferecidos pela Academia Donaduzzi — garantindo uma formação integral. “Acreditamos que o bem-estar do estudante é o núcleo de toda aprendizagem. Abrimos mão de um modelo centrado só em conteúdos e construímos uma proposta integral”, explica Rocha.

Mais do que notas, o diferencial está no pertencimento. “Eu não me sinto obrigada a estar aqui. Venho porque quero. Os professores nos entendem, nos escutam, nos fazem sentir parte de uma comunidade”, resume Ana Clara, do 3º ano.

Resultados já alcançados

Ainda em fase inicial, o colégio já começa a mostrar resultados. Foi reconhecido como a melhor escola privada do Paraná na Olimpíada Brasileira de Robótica. Também obteve destaque em outras competições: na Olimpíada Brasileira de Matemática, mais de 20 alunos avançaram para a fase seguinte — o dobro da média nacional; na Olimpíada de Língua Portuguesa, 16 foram classificados; e na Olimpíada de Foguetes, um estudante conquistou vaga na Jornada Nacional de Foguetes.

Além das olimpíadas, projetos científicos desenvolvidos pelos alunos também chamam atenção. Inspirado pelos avós agropecuaristas, João Pedro Decarli, 14, pesquisa uma ração enriquecida com compostos naturais para reduzir a emissão de metano na pecuária, em parceria com o Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (Napi) do Biopark. O colega Leonardo Schroder Volkweis, também de 14, participa da pesquisa, que une biotecnologia e sustentabilidade com o objetivo de reduzir gases de efeito estufa e melhorar a saúde dos animais.

Reconhecimento internacional e impacto na inovação educacional

O projeto do Colégio Donaduzzi não apenas transformou a educação regional como também reforçou a credibilidade internacional do ecossistema que o abriga. Em 2024, o Biopark foi oficialmente reconhecido pela International Association of Science Parks and Areas of Innovation (IASP), principal rede global de parques científicos e áreas de inovação. A presença de uma escola com proposta pedagógica alinhada às melhores práticas internacionais — conectada à ciência, à tecnologia e à formação integral — foi um dos fatores determinantes para esse reconhecimento, segundo os critérios da própria associação. O Colégio Donaduzzi se consolida, assim, como um pilar estratégico no posicionamento do Biopark como referência global em inovação com base educacional.

Atividades de contraturno

Outro diferencial é a Academia Donaduzzi, criada em 2018, que funciona como espaço de contraturno para crianças e jovens de 4 a 17 anos. Em 2024, mais de 450 alunos participaram de atividades em áreas como microbiologia, astronomia, robótica, programação, gastronomia, teatro e esportes. Recentemente ampliada, a estrutura agora conta com mais de 60 módulos e novos laboratórios, devendo superar mil matrículas em 2025.

As turmas do Colégio Donaduzzi também utilizam esses espaços no contraturno, escolhendo trilhas personalizadas de aprendizagem em áreas científicas, tecnológicas e artísticas. “Aguçar a curiosidade e estimular o gosto pela descoberta são alguns dos propósitos da Academia. Temos muitas histórias de alunos com altas habilidades que se desenvolveram aqui”, afirma o coordenador Gustavo Klein.

Planos para o futuro

Idealizada pelo casal de empresários Luiz e Carmen Donaduzzi, a escola forma as primeiras turmas no final deste ano letivo, com mais de 300 alunos do 7º ano do fundamental ao 3º ano do ensino médio. Para 2026, o Colégio Donaduzzi amplia a atuação para toda a educação básica, abrindo turmas a partir do 1º ano do fundamental. A expectativa é dobrar o número de estudantes nos próximos anos.

“Mais do que expandir matrículas, a instituição busca consolidar um modelo que alia educação de base a um ecossistema de inovação. Ao oferecer uma escola de padrão internacional no interior do Paraná, pretendemos fortalecer a formação de talentos locais e contribuir para o desenvolvimento da região”, finaliza Rocha.

Viver Toledo - Ano 16
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