Dilceu
Sperafico*
Aqueles
que eventualmente pensam que reivindicações por maiores investimentos em
infraestrutura, especialmente na logística de transporte, atendem apenas
interesses econômicos ou corporativistas, estão totalmente equivocados.
A
melhoria do escoamento da produção certamente traz vantagens aos diferentes
segmentos das cadeias produtivas, mas da mesma forma beneficia a preservação de
recursos naturais e a manutenção do equilíbrio ambiental.
Rodovias
modernas, com traçado adequado, sem curvas perigosas e aclives ou declives
acentuados, pavimentação de qualidade e duplicação de trechos mais
movimentados, obviamente reduzem custos do transporte para os produtores e
consumidores dos bens movimentados, mas também garantem estabilidade para o
meio ambiente.
Isso
porque um caminhão transitando por estradas de má qualidade levará mais tempo
para cumprir o trajeto, consumindo mais combustíveis, pneus e lubrificantes, poluindo mais a
atmosfera e elevando o preço final dos produtos conduzidos, com prejuízos para
transportadores, produtores e/ou fabricantes, consumidores e toda a sociedade.
Além
disso, a infraestrutura não se resume ao modal rodoviário, que é o mais oneroso
para as partes interessadas, o que ressalta a importância dos investimentos em
sistemas alternativos, mais eficientes, menos poluentes e muitas vezes mais
baratos.
São
os casos das hidrovias, especialmente num País com grandes bacias hidrográficas
e cursos d’água que atendem todo o território nacional, incluindo o maior rio
de água doce do mundo, como é o Amazonas, cuja extensão beneficia todo o Norte
do Brasil.
As
vantagens do transporte hidrográfico, em termos de redução de custos de
movimentação de cargas e emissão de poluentes no ambiente, são conhecidas e
valorizadas em importantes países do mundo, ligando centros produtores de
alimentos, matérias-primas e manufaturados, até os principais mercados
consumidores ou portos de exportação.
Benefícios
semelhantes são obtidos com investimentos no transporte ferroviário, reduzindo
o consumo de combustíveis e lubrificantes, cortando custos com manutenção de
veículos e linhas de trilhos e garantindo ganhos significativos para
produtores, comerciantes e consumidores, locais, nacionais e internacionais.
Na
logística do transporte moderno, resta ainda a possibilidade do avião, seja de
passageiros ou de cargas, especialmente de produtos menos volumosos e pesados,
além de exigência de entrega mais rápida, que em sua maioria agregam valores
elevados ao longo de toda a cadeia produtiva, como são os casos de
medicamentos, equipamentos tecnológicos e assemelhados.
O
Brasil, apesar de sua dimensão territorial, abundância de recursos hídricos,
topografia favorável, extensão do litoral e produção agropecuária e industrial,
como um dos maiores produtores e exportadores de alimentos do mundo, parece não
entender e dimensionar direito os benefícios dos investimentos em
infraestrutura.
Com
esse distanciamento, perdem produtores rurais, setores industriais,
comerciantes, consumidores, poder público e toda a sociedade, com a redução de
emprego, renda, arrecadação de tributos e novas oportunidades de negócios,
indispensáveis à expansão dos atuais empreendimentos e atração de novos
investidores, nacionais e internacionais. Menos mal, é que o mundo começa a
despertar para a importância da melhoria da logística de transporte.
*O autor é ex-deputado federal pelo
Paraná e ex-chefe da Casa Civil do Governo do Estado
E-mail:
dilceu.joao@uol.com.br
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