O Paraná vai ampliar a
capacidade de realização de testes para diagnósticos da Covid-19 em 830%.
Parceria entre o Laboratório Central do Estado (Lacen) e o Instituto de
Biologia Molecular do Paraná (IBMP), ligado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz),
fará com que o número de testes diários no Estado salte dos atuais 600 para até
5.600. A previsão é que a operação entre em funcionamento na segunda quinzena
de maio.
O acordo permite ao
Paraná repetir a estratégia de testagem em massa, ação de sucesso no controle
ao Covid-19 em países como Coreia do Sul, Islândia, Croácia Chile e Austrália,
entre outros.
Hoje, com a capacidade
basicamente concentrada no Lacen, são realizadas cerca de 600 avaliações de
amostras diariamente, restringindo o acesso a pacientes com sintomas graves ou
pessoas que tiveram contato com casos confirmados, além de profissionais da
saúde e segurança pública, ambos na linha direta de enfrentamento à doença.
Agora, com a instalação
de oito novas plataformas para testes, totalizando dez estruturas à disposição
do combate ao coronavírus, somente o IBMP terá condição de fazer mais 5 mil
exames a cada 24 horas. O laboratório do instituto está instalado no Instituto
de Tecnologia do Paraná (Tecpar), campus da Cidade Industrial de Curitiba
(CIC).
Assim, o raio de ação do
procedimento pode ser consideravelmente ampliado, incorporando maiores de 65
anos, idosos que moram em instituições de acolhimento e pessoas que apresentem
alguma vulnerabilidade, além dos trabalhadores de outras atividades
consideradas essenciais. A medida ajudará, ainda, a ter um retrato mais fiel da
quantidade de pessoas assintomáticas na população.
O governador Carlos Massa
Ratinho Junior afirma que a opção do Paraná por testes em massa permite
acompanhar melhor a evolução da pandemia, orientando o Governo na tomada de
decisões. “Países como Coreia do Sul e Cingapura fizeram isso e conseguiram se
sair muito bem. Vamos testar o máximo de pessoas possível”, afirmou. “Faremos o
que for possível para que a população paranaense sofra o mínimo por causa desta
doença”, completou.
Mortes
Estatísticas apontam que
locais com maior número de testes por milhão de habitantes tendem a ter um
menor número de mortes por Covid-19. A ação, explicou o secretário de Estado da
Saúde, Beto Preto, permite, entre outros pontos, a intensificação do isolamento
de infectados, principalmente dos casos assintomáticos, diminuindo por
consequência a circulação do vírus.
“Tudo o que tem sido
feito no Paraná para combater o coronavírus é muito importante, uma união de
esforços. Agora teremos um superlaboratório, com capacidade para realizar
testes mais específicos, o que vai ajudar a obter diagnósticos mais precisos”,
disse. “Será um belo arsenal nesta luta contra a pandemia”, completou Beto
Preto.
De acordo com o boletim
divulgado pela Secretaria da Saúde na quarta-feira (29), o Paraná registra no
total 1.348 confirmações da doença e 82 óbitos de pessoas residentes do Estado.
Padronizado pela OMS
Coordenadora da Unidade
de Apoio para o Diagnóstico da Covid-19 do IBMP, Cristina Reinert explicou que
o exame realizado no Estado segue a padronização exigida pela Organização
Mundial da Saúde (OMS). São os chamados moleculares ou RT-PCR, considerados
padrão ouro pela entidade
O teste, destacou ela, é
a resposta final e precisa sobre a presença do vírus na amostra analisada,
coletada por meio de secreções da garganta e nariz. “Ele detecta o ácido
nucleico do vírus. Tendo vírus na amostra, vai aparecer mesmo se a pessoa não
apresentar os sintomas”, disse.
Segundo a coordenadora, o
instituto está trabalhando 24 horas os sete dias da semana. A meta do IBMP é
entregar o resultado dos exames em até 48 horas. “Isso vai possibilitar isolar
de forma mais efetiva uma pessoa ou um grupo de pessoas”, afirmou.
Apoio
De acordo com o
secretário Beto Preto, inicialmente a secretaria trabalha com uma demanda
diária entre 1.500 a 2.000 exames, seguindo a atual linha epidemiológica do
vírus no Estado. Assim, caso haja necessidade, o Paraná pode colaborar com os
vizinhos do Sul, realizando exames também para Santa Catarina e Rio Grande do
Sul.
“A capacidade é muito
grande, por isso podemos ajudar. Somente o IBMP pode realizar 35 mil exames por
semana”, destacou Cristina.
Viver News – Karine Graeff c/ assessoria
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