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Coronavírus: Paraná ultrapassa 3 mil casos entre população economicamente ativa


A faixa etária mais afetada pelo coronavírus desde o começo da pandemia é de pessoas com 30 a 39 anos. Estado também atingiu maior número de internados.
O boletim epidemiológico publicado na quinta-feira (28) pela Secretaria de Estado da Saúde demonstra que a população economicamente ativa é a mais afetada pela pandemia do coronavírus no Paraná. O informe mostra que 3.077 casos da Covid-19 são de pessoas entre 20 e 59 anos. Isso representa 77% do total de 3.984 casos no Paraná.
Entre 22 de abril (dia em que essa métrica começou a ser computada) e 28 de maio, a evolução foi percentualmente mais rápida entre os mais jovens e a população adulta na comparação com os idosos. Em números absolutos, foram 59 novos casos entre crianças e adolescentes, 2.293 entre adultos e 439 entre idosos.
A faixa etária mais afetada pelo coronavírus desde o começo da pandemia é de pessoas com 30 a 39 anos. O boletim de quinta-feira indica 949 casos nessa faixa. Em 22 de abril eram 242 casos nesse recorte, ou seja, o crescimento foi de 292%. Desde o começo de maio o aumento foi de 197% (eram 339 casos no dia 1º).
Desde que a métrica foi inserida nos informes os casos escalaram também 352% entre pessoas com 20 a 29 anos (de 147 para 665); 315% entre 40 e 49 anos (de 200 para 831); e 224% entre 50 e 59 anos (de 195 para 632). Entre zero e 19 anos o salto foi de 545% (de 35 para 226 casos) e entre pessoas com mais de 60 anos de 181% (de 242 para 681).
Esse crescimento contínuo da circulação da doença na população adulta ajuda a justificar a queda diária na média da faixa etária dos infectados no Paraná, que já está em 43 anos, menor índice desde o começo desse registro. No dia 1º de maio a média era de 45,7 anos; no dia 15 passou para 44,7; no dia 20 era 44; na quarta-feira (27) chegou a 43,1 anos.
As mulheres continuam sendo as mais atingidas no Paraná: 2.074 x 1.910 casos de homens.
Internados
Dos 3.984 casos confirmados no Estado na quinta-feira (28), 297 pessoas estão internadas (122 em UTI e 175 em enfermaria) e 1.806 se recuperaram (45,3%). É o maior número de internados com diagnóstico positivo da série histórica do informe epidemiológico, na soma de casos graves e moderados.
A marca de 200 internações foi atingida pela primeira vez no último dia 22, com 223 pacientes. A média da semana encerrada na quinta-feira (22 a 28) foi de 246 e o crescimento de quarta para quinta foi de 56 novos internamentos.
No dia 15 de maio, na metade do mês, eram 175 internados. Na semana anterior, dia 7 de maio, o número era de 134, e no dia 1º de maio havia 137 pacientes internados. No dia 17 de abril, quando a métrica começou a aparecer nos boletins, eram 144.
Percentualmente o número de recuperados também tem caído nos últimos dias no Paraná. No começo de maio o índice era de cerca de 67%, em meados do mês ultrapassou 70% e desde o dia 20 apresenta queda ininterrupta, saindo de 61,5% para 45,3%.
Casos por Semana Epidemiológica
Uma novidade do boletim é o volume de casos por semana epidemiológica (domingo a sábado, conforme a Organização Mundial da Saúde). A última que aparece no informe traz o número de casos até sábado (21), com 853 registros, crescimento de 83% em relação aos dados da semana exatamente anterior. O maior crescimento regional foi registrado na macrorregião Norte, de 254%.
Cidades
A doença já atingiu 232 cidades no Paraná (58,1%). A disseminação estadual de casos começou em Curitiba e no Interior concomitantemente. Em 12 de março os primeiros casos foram identificados na Capital e em Cianorte. Dez dias depois eram 11 municípios e oito Regionais de Saúde diferentes com confirmações.
No dia 1º de abril eram 43 municípios e 19 das 22 regionais atingidas. Um mês depois, em 1º de maio, 132 municípios e apenas a 4ª Regional de Saúde (Irati) ainda não apresentava casos confirmados. No dia 14, metade do mês, algumas cidades como Curitiba, Londrina e Cascavel já contabilizam mais de 100 casos cada. Nesta quinta-feira (28) já são três cidades com mais de 300 casos.
Na divisão regional, Curitiba e RMC (2ª) concentram 1.453 casos confirmados, com 732 recuperados (50%) e 60 óbitos. A segunda região com maior incidência é a de Cascavel (10ª), com 468 casos, 128 recuperados (27%) e nove óbitos, e a terceira é a de Londrina (17ª), com 444 casos, 133 recuperados (29%) e 26 óbitos. A região de Paranavaí (14ª) acumula 333 casos, 174 recuperados (52,2%) e 14 óbitos.
Óbitos
Na contramão da realidade de casos, a média de idade de óbitos se mantém praticamente igual entre 22 de março e 28 de maio, de 67,8 anos para 67 anos. Nesse período o maior índice foi em 30 de abril (69,2 anos) e o menor foi na quinta-feira, 67 anos, dois dias depois da morte da segunda pessoa mais nova no Estado, um jovem de 18 anos de Rancho Alegre.
No recorte entre 22 de abril e 28 de maio, os óbitos cresceram 200% entre os que tinham mais de 80 anos (de 15 para 45), 266% entre 60 e 69 anos (de 9 para 33), e 184% entre 70 e 79 anos (de 13 para 37). Os óbitos têm acometido mais os homens no Estado e eles cresceram 114% no Paraná no recorte da semana epidemiológica.
Segundo o boletim, apenas duas das 22 regionais não registraram óbitos no Estado: Irati e Guarapuava. No dia 20 de maio (quarta-feira da semana passada) eram cinco regionais sem óbitos: além dessas duas, Ponta Grossa, União da Vitória e Telêmaco Borba.
Pelos dados ampliados 1.177 perderam a vida no Estado por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) desde o começo do ano, 965 por causas não especificadas.
Perfil dos Óbitos
A Secretaria de Estado da Saúde também passou a divulgar nessa semana o perfil das pessoas que vieram a óbito. Cerca de 80% tinham outras comorbidades (hipertensão, diabetes, cardiopatia, doença renal crônica e obesidade lideram a lista) e 20% não apresentavam outros problemas. A maioria era branca (80%) e os principais perfis de escolaridade eram ensino superior completo e ensino médio completo.
Viver Toledo – Editores: Wanderleemy Graeff e Karine Graeff

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