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Projeto de Ordenamento da Piscicultura avança para a Fase II com parceria do Biopark Educação

 

Após resultados expressivos na primeira etapa, o Projeto de Ordenamento da Piscicultura no Paraná inicia sua Fase II, fortalecendo a rede de pesquisa e ampliando a parceria entre instituições como Biopark Educação, Embrapa Pesca e Aquicultura, Fundação Araucária, SETI-PR, Unioeste e IFPR. O foco agora é compreender a expansão histórica da atividade e seus impactos socioambientais, garantindo bases sólidas para políticas públicas e a consolidação da certificação de sustentabilidade da piscicultura paranaense.

De acordo com o pesquisador da UMIPI Oeste Paranaense, Bruno Aparecido da Silva, a primeira fase foi essencial para mapear áreas de cultivo e potenciais zonas de expansão. “A partir desse diagnóstico inicial, conseguimos avançar agora para a avaliação do passado da atividade aquícola estadual. O objetivo é compreender se a piscicultura cresceu de forma sustentável, seguindo a legislação, contribuindo para a preservação da vegetação nativa, ou se avançou sobre áreas degradadas, impactando na pegada de carbono. Essa etapa trará ainda mais impacto para a cadeia produtiva e para gestores que precisam de informações técnico-científicas para a formulação de políticas públicas.”

Para a gerente de PD&I do Biopark Educação, Carolina Balera Trombini, a continuidade do projeto reforça a importância da integração entre ciência e setor produtivo. “Na primeira fase alcançamos excelentes resultados, tanto que outros estados já nos procuraram para replicar essa experiência. Nossa expectativa é que a segunda fase tenha um impacto ainda maior, pois iremos nos aprofundar no estudo da expansão da piscicultura no Paraná ao longo dos anos, cruzando informações técnico-científicas que subsidiam novas políticas públicas para a cadeia produtiva.”

A pesquisadora da Embrapa Pesca e Aquicultura, Marta Ummus, reforça que a fase atual amplia a visão espacial da atividade e insere novas perspectivas. “Na fase I fizemos um diagnóstico do presente; agora pretendemos recompor a história espacial da piscicultura no estado. Além disso, vamos analisar a legislação, os serviços ecossistêmicos e entender a piscicultura também como uma atividade restaurativa do meio ambiente. Outro diferencial é a participação direta de mais instituições, ampliando a rede de pesquisa e agregando valor e qualidade às nossas análises.”

Já o professor do curso de Engenharia de Pesca da Unioeste, Altevir Signor, destaca o papel da região Oeste do Paraná, responsável por cerca de 80% da produção de pescados do estado, o maior produtor nacional. “É uma satisfação consolidar essa parceria. Temos uma carência de conhecimento histórico da cadeia produtiva e seu impacto no desenvolvimento regional. Apesar dos desafios relacionados a licenciamento ambiental e áreas críticas, observamos um crescimento médio anual de 18% a 20% na atividade. A entrada e o fortalecimento das cooperativas vêm profissionalizando ainda mais a cadeia, mas o grande desafio é garantir que esse crescimento se dê de forma sustentável, preservando recursos naturais e estruturando o futuro da atividade.”

Com a união de esforços entre instituições científicas, setor produtivo e gestores públicos, a expectativa é que a Fase II do Projeto de Ordenamento traga resultados ainda mais significativos, consolidando o Paraná como referência nacional e internacional em piscicultura sustentável.

Viver Toledo - Ano 16
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