A Secretaria da Saúde
do Paraná deu início nesta quinta-feira (29), em Maringá, à reunião técnica
integrada para alinhamento das estratégias de controle da Dengue, Zika Vírus e
Febre Chikungunya. O Plano de Ação já pactuado em reunião da Comissão
Intergestores Bipartite (CIB) foi apresentado a técnicos do Ministério, com a
solicitação de apoio para a implementação das medidas.
Participam do
encontro representantes do Ministério da Saúde, da Opas (Organização
Pan-Americana de Saúde), Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e
Cosems-PR (Conselho de Secretarias Municipais de Saúde) e profissionais de
áreas técnicas da Secretaria. O evento segue até esta sexta-feira (30) com
debate sobre o cenário da doença no Paraná.
No período
epidemiológico anterior, entre agosto de 2019 ao final de julho de 2020, o
Estado registrou a maior epidemia da sua história, com 227 mil casos
confirmados e 177 óbitos. Neste começo do novo período epidemiológico já há 848
confirmações e 3 mortes por dengue.
“O objetivo deste
grande encontro é apresentar ao Ministério da Saúde o Plano de Ação para o
Enfrentamento da Dengue elaborado pela Secretaria. A proposta é unir esforços
das três esferas de governo e reforçar a participação da comunidade, que também
é responsável neste combate frente à sua própria saúde”, afirmou o secretário
da Saúde, Beto Preto.
“Estamos vivendo um
momento crítico na saúde, com uma pandemia até então desconhecida e que chegou
junto a um panorama já instalado de epidemia de dengue, retorno do sarampo e
queda nas taxas de cobertura vacinal”, ressaltou Beto Preto. “Por isso o planejamento
de atividades integradas visando melhorar a condição de saúde da população. O
Plano de Ação para o Enfrentamento da Dengue é uma estratégia do Governo do
Estado do Paraná que pode se tornar modelo nacional”, enfatizou.
"O Plano de Ação
do Paraná é inovador, destaca a integração das redes de Atenção Primária e a de
Urgência e Emergência para agilizar o manejo clínico, diagnóstico e tratamento
de pacientes”, explicou a diretora de Atenção e Vigilância em saúde da
Secretaria da Saúde, Maria Goretti David Lopes.
O Plano de Ação
prevê, ainda, a instalação de uma rede de 60 unidades sentinelas para
arboviroses, identificando casos suspeitos por meio de amostragem laboratorial.
“Esse trabalho de monitoramento já é realizado junto às doenças respiratórias,
mas o Paraná será o primeiro estado a replicar a medida nas infecções
provocadas pelo mosquito Aedes Aegypti, com coleta de 300 amostras semanais que
poderão nos indicar casos de circulação viral”, explicou a diretora.
Outras medidas
relacionadas à vigilância epidemiológica e ambiental, controle vetorial,
assistência, gestão e comunicação também constam do plano estadual.
Os representantes do
Ministério da Saúde que participaram do encontro nesta quinta-feira
manifestaram apoio às ações do Paraná. “O plano elaborado pelo Paraná tem
potencial integrativo de áreas da saúde e este modelo poderá servir de base
para outros estado”, afirmou Noely Moura, coordenadora geral da Vigilância de
Arboviroses do Ministério.
Web
Nesta semana, a
Secretaria da Saúde já deu início a um ciclo de webconferências direcionadas a
profissionais da Atenção Primária e da Urgência e Emergência sobre manejo
clínico do paciente suspeito de dengue. Ao todo serão 6 conferencias até o
início de dezembro oportunizando a participação de um maior número de
profissionais.
Comunidade
O Plano de Ação
contempla ainda ações de comunicação junto à população para reforçar a
importância de se reduzir a proliferação do mosquito transmissor. Haverá
orientação para as pessoas manterem as ações de prevenção, como verificar se
existe algum tipo de recipiente que acumule água nos quintais ou no ambiente
interno de casa, não deixar lixo ou entulho em terrenos baldios e praças,
limpeza regular de calhas e telhados, entre outros.
Em fevereiro de 2020
o Paraná decretou estado de alerta para a dengue, e logo em seguida, em março
foi instalada a epidemia, que se configura com mais de 300 casos da doença por
100 mil habitantes.
“Com estas ações antecipadas e integradas, a meta da Secretaria da Saúde é evitar que o quadro se repita neste período epidemiológico”, disse a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde, Maria Goretti David Lopes.
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