Meio eficaz para
conter o novo coronavírus (Sars-Cov-2), a testagem em massa da população foi
levada a sério em Toledo. Desde o início da pandemia até a tarde da última quinta-feira
(26), o município realizou 45.790 exames de detecção da Covid-19, 26.744
rápidos e 19.046 RT-PCR (10.243 pelo Sistema Único de Saúde [SUS] e 8.803 pela
rede privada).
Este total
representa 32,1% da população (segundo estimativa deste ano do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística [IBGE], é de 142.645 habitantes), média
2,5 vezes maior que a estadual - no mesmo período, 1.457.001 procedimentos
(1.029.021 RT-PCR e 427.980 testes rápidos) foram realizados no Paraná, o que
representa 12,74% da população da unidade federativa. “Estes números são de
respeito, significativos. Mas é bom sempre lembrar que a mesma pessoa pode ter
passado por dois, até três exames”, explica o médico integrante do Centro de
Operações Emergenciais (COE) de Toledo, Fernando Pedrotti.
A reabertura da
fronteira do Brasil com o Paraguai, em 15 de outubro, que voltou a atrair
compristas de todo o país para Ciudad del Este, fronteira com Foz do Iguaçu, e
para Salto del Guairá, na região de Guaíra, é considerado um entre diversos
fatores que causaram o aumento no número de casos de Covid-19 na Macrorregional
Oeste, situação que também está sendo acompanhada de perto pelas autoridades
municipais. “Neste fim de ano, este fluxo aumenta bastante e a gente para que
as pessoas que forem a estes lugares tomem o máximo de cuidado. Entendemos que
a retomada destas atividades são importantes do ponto de vista econômico, mas
não podemos nos descuidar. Se todo mundo tiver comportamentos sanitários
seguros, vamos conseguir segurar e frear a transmissão do vírus”, destaca
Denise. “É importante observar que esse crescimento também se deve a outras
situações, como aglomerações formadas entre amigos e familiares e do movimento
de pessoas que buscam produtos e serviços nos estabelecimentos de nossa cidade.
As ações de prevenção precisam permanecer”, acrescenta.
Apesar da grande
quantidade de testes realizados em Toledo, a secretária pondera que o município
segue critérios claros para fazer ou não este procedimento. “Desde o início da
pandemia buscamos realizar os exames conforme o aparecimento dos sintomas: se
estes começam a aparecer no paciente hoje, a gente marca o exame para dali dois
ou três dias, pois só depois deste prazo o teste pode apresentar uma resultado
mais próximo do real”, explica. “Muitas vezes as pessoas dizem não estar com os
sintomas, mas tiveram contato com quem os tem e perguntam se mesmo assim podem
fazer o exame. Respondemos que não e que elas devem ficar atento aos sinais e,
caso apareça algum, volte a nos procurar. Afinal, se a pessoa realiza o
procedimento antes da hora, podemos dar à pessoa uma falsa sensação de
segurança”, observa.
Comparado a outras
cidades paranaense de porte semelhante, Toledo tem a maior proporção entre
pessoas infectadas pelo Sars-Cov-2 e a população do estado: 4.899,75 para cada
100 mil habitantes. “Este número expressivo de casos positivos é porque também
buscamos encontrá-los e, a partir deste monitoramento, estamos seguros de que o
protocolo para testagem em massa que adotamos tem impedido subnotificações e
uma maior contaminação da população por este patógeno, o que, em última
análise, preserva nosso sistema de saúde de um colapso e, principalmente,
muitas vidas”, destaca.
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