Agência Brasil - A ButanVac deverá
ser uma “vacina superior” por incorporar o aprendizado com a primeira geração
de imunizantes contra o novo coronavírus, segundo o diretor do Instituto Butatan,
Dimas Covas. “Temos uma perspectiva que essa seja uma vacina superior do ponto
de vista de indução de imugenicidade [capacidade de induzir o corpo a responder
ao vírus]. Nós incorporamos os conhecimentos da primeira geração de vacinas”,
disse hoje (29) ao participar de um seminário promovido pelo Tribunal de Contas
do Estado de São Paulo (TCE-SP).
O Butantan iniciou a
produção da nova vacina antes mesmo de ter a autorização da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) para testar o imunizante em seres humanos.
“Iniciamos a produção industrial da vacina. É o que nós chamamos de produção em
risco”, destacou Covas. A previsão é que, segundo ele, sejam produzidos seis
lotes com 18 milhões de doses.
Além dos
aprimoramentos incorporados a partir dos resultados com outros imunizantes,
especialmente a CoronaVac, produzida pelo instituto em parceria com o
laboratório chinês Sinovac, Covas ressaltou que o imunizante deverá ser mais
barato do que os disponíveis atualmente. “Além de ser uma vacina já
aperfeiçoada, vai permitir o barateamento e extensão da vacina para os países
pobres e de renda média”, acrescentou.
A ButanVac está sendo
desenvolvida, de acordo com Covas, por um consórcio internacional, sem a
detenção de patente, ficando aberta para ser replicada. O diretor do Butantan
ressaltou que imunizantes mais baratos vão ser fundamentais para conter a
epidemia no mundo. “Não adianta a gente vacinar a população dos Estados Unidos,
da Europa, se não vacinar a população da África e da América Latina”, disse.
Apesar das melhorias
incorporadas ao imunizante, Covas avalia que as vacinas não vão resolver a
curto prazo a convivência com o novo coronavírus. “Uma vacina não vai resolver,
vai ser preciso gerações de vacinas. E provavelmente a vacinação anual”,
acrescentou.
Testes
Na última sexta-feira
(23), o Instituto Butantan enviou à Anvisa o pedido para início dos testes em
humanos da ButanVac, de fases 1 e 2. Os estudos deverão começar com 1,8 mil
voluntários. Já a Fase 3, com maior escala de participantes, deverá incluir 9
mil pessoas. Poderão fazer parte dos testes inclusive adultos já vacinados ou
que já tiveram covid-19.
A tecnologia da
ButanVac utiliza o vírus da doença de Newcastle, uma enfermidade de aves,
geneticamente modificado. O vetor viral contém a proteína Spike do coronavírus
de forma íntegra.
O desenvolvimento
complementar da vacina será todo feito com tecnologia do Butantan, incluindo a
multiplicação do vírus, condições de cultivo, ingredientes, adaptação dos ovos,
conservação, purificação, inativação do vírus, escalonamento de doses e outras etapas.
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