Com todo o meu respeito aos amigos professores sérios da Unioeste, a "greve sanitária" da categoria puxada pela Associação dos Docentes, Adunioeste, é uma afronta ao conjunto da sociedade paranaense e beira à indecência. Empresários, trabalhadores e servidores públicos de todas as esferas há muito tempo se adaptaram ao novo modo de viver em meio à pandemia da covid-19, mas esse pessoal parece viver num outro mundo. Um mundo paralelo, encantado, de fantasia, criado por eles, só para eles.
A greve é de extremo mau gosto para uma categoria que até o momento foi a mais privilegiada de todo o conjunto da sociedade, não só com trabalho remoto. No conforto das suas casas, os professores da Unioeste continuaram recebendo normalmente – e integralmente - os seus salários, que não são nada desprezíveis e estão bem acima da média da população. Sem qualquer perda ou redução. Sem nenhuma demissão, o que ocorreu em números consideráveis na iniciativa privada, que é o Brasil que funciona e sustenta essa gente fora da curva do bom senso.
Aqui, evidentemente, se exclui os servidores públicos que não compactuam com barbaridade de tamanha ordem.
Os professores que aderirem a essa greve absurda precisam prestar contas à população. Mas creio que por maior poder de argumentação dos mestres e doutores que comandam a categoria, não conseguirão convencer o cidadão comum - do chão de fábrica, das lojas abertas clamando pela clientela, dos empresários mergulhados em dívidas e renegociando suas pendências com bancos ou buscando o reenquadramento no Simples Nacional para tentar honrar com os impostos, penalizados ao extremo pelas consequências diversas da pandemia - de que estejam certos em atitudes repulsivas como a que estão tomando.
Lamentável decisão que lança a gloriosa Unioeste que todos ajudamos a construir como que numa névoa de incertezas sobre a honradez de uma parcela dos seus integrantes.
Mau exemplo, senhores professores! Mudem de mentalidade. Botem a cara para bater e sejam solidários ao povo que os sustenta. Digam não ao trabalho remoto que vocês tanto combateram ao afirmar que as instituições que oferecem o ensino à distância não tem a qualidade que vocês pregam. Basta!
Editores: Wanderley Graeff e Karine Graeff (vivertoledo@gmail.com) – Ger. Adm. Luciane Graeff
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