Nos últimos quatro anos, foram investidos mais de R$ 1,6 bilhão pela margem brasileira da empresa. Turismo e meio ambiente também receberam atenção da binacional, que modernizou a gestão e está promovendo a maior atualização tecnológica da história.
Entre as obras, se
destacam a construção da Ponte da Integração Brasil - Paraguai, a Perimetral
Leste, a Estrada Boiadeira, a duplicação da Rodovia das Cataratas (BR-469), as
reformas e ampliações no Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, no Hospital
Ministro Costa Cavalcanti (HMCC) e no futuro Mercado Público, a revitalização
do Gramadão e a implementação do programa Vila A Inteligente – além de diversas
outras, que representam um novo marco desenvolvimentista para a Tríplice
Fronteira e o Paraná.
Com esses
investimentos, Itaipu cria oportunidades de emprego e renda, além de viabilizar
uma nova estrutura para a região Oeste do Estado, alinhada com sua missão de
gerar energia limpa e renovável, com responsabilidade socioambiental e promoção
do desenvolvimento sustentável no Brasil e no Paraguai.
Gestão
Paralelamente, a
empresa segue as melhores práticas de gestão do mercado. Próxima de completar
50 anos da assinatura do Tratado que a criou, a usina conta com uma gestão moderna,
preparada para atuar em um mercado de energia elétrica cada vez mais complexo,
dinâmico e competitivo.
Uma das marcas foi
a adoção de Diretrizes para o Aprimoramento da Gestão, voltadas à melhoria do
relacionamento binacional; ao benchmarking com outras empresas do setor
elétrico; à melhoria do planejamento estratégico; à redução de custos; ao
mapeamento de processos; à gestão das pessoas, entre outras medidas também
direcionadas à gestão das fundações responsáveis pelo Hospital Ministro Costa
Cavalcanti, o Parque Tecnológico Itaipu (PTI) e fundo de pensão (Fibra).
A diretoria também
lançou uma campanha voltada a incrementar a cultura organizacional baseada em
ideias-força: proatividade, meritocracia, gestão racional com austeridade,
imagem institucional e binacionalidade. Nesse contexto do aprimoramento da
gestão, a binacional adotou o Orçamento de Base Zero (OBZ), deixando de
praticar o planejamento orçamentário a partir de exercícios anteriores e
passando a planejar cada despesa, como diz o nome, a partir do zero. Com essa
metodologia, a margem brasileira concluiu o trabalho de adequação das demandas
orçamentárias do próximo quinquênio (2023-2027).
Ainda no campo
econômico-financeiro, a Itaipu promoveu a primeira redução tarifária desde
2009. A tarifa foi reduzida em 8,2%, permitindo a redução da conta de luz do
consumidor da energia gerada pela usina.
Em 2022, a Itaipu
atingiu a marca de 2,9 bilhões de megawatts-hora de produção acumulada, uma
conquista sem paralelo no mundo. É tanta energia que seria suficiente para
iluminar o planeta por 46 dias. Além da produção singular, a usina teve importante
contribuição no enfrentamento à maior crise hídrica que o sistema brasileiro
atravessou nos últimos 91 anos, em 2020/2021, que implicou também na mais
rigorosa escassez hídrica desde o início da operação da hidrelétrica, em 1984.
Para tanto, a
usina priorizou, naquele momento, a maximização da sua produtividade, que teve
recordes sucessivos. Nos últimos três anos, essa ação proporcionou um ganho de
produção da ordem de 3,5% em cada ano. Isso foi possível graças ao
aprimoramento contínuo da gestão de ativos e dos processos de operação e
manutenção da usina, o que permitiu otimizar a produção de modo a aproveitar ao
máximo a água disponível e os ativos da central. Também foi fundamental a
coordenação com os sistemas brasileiro e paraguaio.
Mesmo com a expansão
das fontes renováveis intermitentes, como solar e eólica, Itaipu segue tendo um
papel fundamental para os setores elétricos brasileiro e paraguaio, pois além
de gerar muita energia, passa também a cumprir o papel de reserva estratégica,
ajudando a garantir o fornecimento de energia nos momentos do dia em que a
demanda não pode ser atendida por outras fontes (na ausência de vento ou luz do
sol, por exemplo), contribuindo assim para a maior segurança energética do
Brasil e do Paraguai.
Para assegurar a
continuidade dessa importância estratégica, uma das principais ações nos
próximos anos é o Plano de Atualização Tecnológica (PAT), o maior e mais
complexo projeto desde a própria construção da usina. Em março de 2022 foi
assinado o primeiro contrato do PAT, com o Consórcio Modernização de Itaipu
(CMI), e em maio foi emitida a ordem de início de execução. O projeto completo
prevê uma década de serviços, com investimentos de cerca de US$ 1 bilhão.
A barragem da
usina hidrelétrica também segue segura. A conclusão é do Board Internacional de
Consultores Civis, que voltou a se reunir em 2022. O grupo, criado na época da
construção de Itaipu, reúne alguns dos mais experientes profissionais do mundo
no tema engenharia de grandes barragens. Após a conclusão do empreendimento, o
Board passou a fazer encontros quadrienais para a analisar o desempenho das
estruturas civis da hidrelétrica binacional.
Sustentabilidade
Todas as ações da
empresa se orientam por um criterioso cuidado com o meio ambiente. Em 2021,
Itaipu atingiu a marca de 24 milhões de árvores plantadas nas áreas protegidas
da margem brasileira. O trabalho ganhou o reconhecimento da Unesco, que
declarou os 100 mil hectares de áreas protegidas em ambas as margens como
Reserva da Biosfera da Mata Atlântica. Em conjunto, as áreas protegidas da
binacional sequestram quase 6 milhões de toneladas de carbono por ano (30 vezes
mais do que a emissão da usina).
Itaipu também atua
na implementação dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que
fazem parte da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Esse
trabalho inclui ações voltadas a pescadores, indígenas e agricultores
familiares, cuidados com a água e a biodiversidade, enfrentamento das mudanças
climáticas, além da própria geração de energia limpa e renovável que é a
atividade-fim da usina.
A partir dessas
ações, a binacional firmou uma parceria com o Departamento de Assuntos
Econômicos e Sociais da ONU (Undesa), que gerou a Rede Global de Soluções
Sustentáveis em Água e Energia, com cerca de 30 organizações de várias partes
do mundo. A parceria também possibilitou a realização do primeiro Simpósio
Global de Água e Energia, que a Itaipu sediou em junho de 2022.
Essa experiência
internacional motivou a escolha da Itaipu para receber, em 2024, a 15ª Reunião
Ministerial de Energia Limpa (“Clean Energy Ministerial”, CEM), a 9ª Reunião
Ministerial da “Missão Inovação” (“Mission Innovation”, MI) e o Ministerial do
G20 Energia, como reconhecimento por sua colaboração em tornar a matriz
energética brasileira cada vez mais limpa.
No contexto
regional, a empresa reforçou o relacionamento institucional, por meio da
Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (Amop), o Conselho de
Desenvolvimento dos Municípios Lindeiros, o Conselho de Desenvolvimento de Foz
do Iguaçu (Codefoz), a Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu
(Acifi), o Sindhotéis e o Fundo Iguaçu.
Em quatro anos,
foram atendidos, nos 55 municípios de atuação de Itaipu, 209 projetos de
associações beneficentes, instituições filantrópicas, Apaes, associações esportivas
e demais organizações da sociedade civil. Os projetos possuem objetivos
variados, como instalação de painéis solares, pequenas reformas, aquisições de
mobiliário, equipamentos, alimentos, utensílios e atendimento a situações
emergenciais.
Considerando o
perfil turístico de Foz do Iguaçu, foi ampliada a Gestão Integrada do Turismo,
apoiando a atração de visitantes com campanhas promocionais, como a “Vem pra
Foz!” e o Natal Águas e Luzes, um novo atrativo dentro do portfólio da
fronteira. Outro investimento importante é a implantação do Museu de Arte
Internacional, em colaboração com o Centro Nacional de Arte e Cultura George
Pompidou, de Paris, e o Governo do Estado do Paraná. São iniciativas que
impulsionam o turismo e contribuem para movimentar o comércio, incrementar o
setor de serviços, gerar emprego e abrir novas oportunidades de negócios.
No dia 21 de
dezembro, em reunião no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Foz
do Iguaçu, o Codefoz, com a presença do prefeito Chico Brasileiro e de
representantes de várias entidades da sociedade civil, a Itaipu comunicou a
conclusão das obras do Mercado Municipal; também foram entregues os
anteprojetos da Avenida Beira Foz e anunciada a elaboração dos respectivos
projetos executivos.
Os últimos quatro
anos foram de conquistas, mas também de superação de desafios. Como o
enfrentamento da pandemia da covid-19, quando Itaipu foi protagonista, ao
investir R$ 80 milhões em diversas ações para ajudar a combater e a mitigar os
efeitos do flagelo do vírus.
Com esta ampla
gama de ações nas diversas áreas de atuação da Itaipu, o período 2019-2022 foi
não apenas da construção de um legado para as futuras gerações, mas de
preparação para que a empresa siga cumprindo com seu papel estratégico para o
desenvolvimento sustentável do Brasil e do Paraguai.
Viver
Toledo - Ano 14
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